Entidades vão pressionar por cassação ou renúncia de vereadores
Representantes e integrantes de entidades civis, além de membros do poder público local, participaram na noite de ontem (4) de um encontro para discutir o suposto envolvimento dos vereadores Ademir Braz de Sousa (PMDB) e Roberto Pedro Prudêncio Neto (PDT) na Operação Arrastão, desencadeada no município de Brusque pela Polícia Federal no final de março. A reunião aconteceu no auditório do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário de Brusque e região (Sintrivest).
Foram quase duas horas de debate sobre o assunto. Além de apresentar seus pontos de vistas sobre a questão, as pessoas presentes sugeriram a realização de um movimento no sentido de cobrar da Câmara de Vereadores um posicionamento firme no que diz respeito à situação dos dois integrantes do Legislativo. Uma comissão, formada por dez pessoas, foi criada e terá como missão organizar e planejar as ações que culminarão com protestos, principalmente na própria sede do Legislativo. Após rápidas discussões sobre o nome do grupo, chegou-se à definição, ainda provisória, de que vai se chamar "Comissão Pelo Fim do Cagaço".
O título é uma referência a trecho de conversa constante no relatório da Polícia Federal, em que o vereador Roberto Pedro Prudêncio Neto conversa com alguém para que faça pressão a um policial. A comissão deve se reunir nos próximos dias para dar os primeiros passos à ação. Uma das prerrogativas é de que o grupo atue no sentido de angariar o máximo de adeptos junto à população, inclusive com a confecção de um abaixo-assinado sugerindo à Câmara que abra um processo de cassação dos dois vereadores.
Os participantes optaram por não citar os nomes dos dois durante o encontro.


